Esquecimentos no campo político-jurídico-informacional: da fabricação às ações de enfrentamento
Palavras-chave:
Documento, Testemunho, EsquecimentoResumo
Nas últimas décadas pesquisadores da Ciência da Informação têm se debruçado sobre temas inseridos nas fronteiras entre a informação, a memória e a história, com o objetivo de discutir sobre a configuração dessas fronteiras disciplinares, mas sobretudo tendo como objeto de problematização o papel da informação no contexto dos acontecimentos da Ditadura de 1964 no Brasil. Um dos aspectos mais discutidos atualmente é a tentativa sistemática de promover o esquecimento em suas múltiplas formas – silêncio, apagamento, rasura, censura, destruição de arquivos, entre outras. Essa tríade conceitual é aqui abordada, via revisão bibliográfica, enfatizando os paradoxos do esquecimento diuturnamente fabricado por personagens e/ou antigas instituições que atuaram nos anos dos governos militares (de 1964 a 1985), e que continuam a agir para apagar rastros dos crimes cometidos nesse passado sombrio. São analisados neste artigo projetos voltados para a revelação desse passado que foram descontinuados nos últimos anos. Entendemos que o esquecimento é um fenômeno temporário, razão pela qual deve ser enfrentado em ações permanentes. Por essa razão dizemos que memória é ação e lembrar é agir contra o esquecimento.
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