Infodemia e Ciência da Informação no Brasil: perspectivas e reflexões
Palavras-chave:
Infodemia, Desinformação, PandemiaResumo
Cientistas e pesquisadores têm concentrado esforços para conter a pandemia do novo coronavírus, entender seus riscos à saúde dos indivíduos e à economia das nações. O acesso às tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs) têm facilitado a produção, o compartilhamento, a disseminação e o uso de informações, neste contexto. Este aumento na quantidade e variedade de informações de qualidade e credibilidade duvidosas provocou uma infodemia, ou seja, uma pandemia de informações, que gera danos irreparáveis e põe em questão o propósito da informação, que é informar. Este ensaio objetiva, portanto, refletir sobre as ações de enfrentamento e o posicionamento da Ciência da Informação enquanto área científica que estuda as propriedades que regem os fluxos informacionais nos mais variados contextos, a infodemia (fake news, a desinformação e pós-verdade), as práticas sociais informacionais e como seus reflexos têm sido sentidos nesta seara. O estudo apresenta caráter quali-quantitativo, e sua metodologia se ancora na necessidade de considerar a epistemologia da Ciência da Informação, bem como seu fluxo e compartilhamento em meio à pandemia e as consequências do excesso informacional neste terreno. Considerando que a Ciência da Informação é responsável pelo estudo das propriedades e do comportamento da informação, percebe-se que a práxis tem se distanciado do que outrora foi proposto por Borko em 1968. Além de não reivindicar seu papel de protagonismo científico nos espaços midiáticos reservados para estas discussões, em torno da infodemia, no contexto da pandemia no Brasil.
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