A interatividade como tecnologia de Governo da docência no Ensino Médio

Autores

  • Roberto Rafael Dias da Silva Universidade Federal da Fronteira Sul.

Resumo

O presente texto examina os modos contemporâneos de constituição da docência no Ensino Médio no Brasil. Servindo-se das teorizações foucaultianas como inspiração analítica, considerou-se como condição de possibilidade a centralidade dos saberes tecnocientíficos e o advento das condições do capitalismo cognitivo, bem como a inserção da profissão docente no interior das tramas contemporâneas da bioeconomia. Examina-se, neste texto, uma das tecnologias de governo que conduzem a docência contemporânea nesta etapa da Educação Básica: a interatividade como modo de pensamento. A mobilização desta tecnologia sugere a constituição de docências interativas, efetivando-se a partir de uma ação pedagógica politicamente útil e economicamente produtiva. Nessa direção, o aprender em rede, o futuro como algo imediato e as profissionalidades interativas são algumas das estratégias mobilizadas no interior dessa tecnologia de governo. A consideração dos professores como um público, assim como a multiplicação dos sentidos ligados à sociedade de aprendizagem, conduz a produção de “pedagogias de conexão” que, nessa analítica, primam pela formação de docências com condições específicas de pensar, agir e comunicar-se. Enfim, defende-se, neste artigo, a perspectiva de que a interatividade opera como uma tecnologia de governo otimizadora da constituição contemporânea da docência no Ensino Médio no Brasil. Palavras-chave: Docência. Ensino médio. Interatividade. Michel Foucault. Link para o texto completo (PDF) http://www.fae.unicamp.br/revista/index.php/etd/article/view/2966/pdf

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Roberto Rafael Dias da Silva, Universidade Federal da Fronteira Sul.

Professor Adjunto na Área de Fundamentos da Educação da Universidade Federal da Fronteira Sul.

Publicado

2014-03-29

Edição

Seção

Resumos de artigos científicos