A interatividade como tecnologia de Governo da docência no Ensino Médio
Resumo
O presente texto examina os modos contemporâneos de constituição da docência no Ensino Médio no Brasil. Servindo-se das teorizações foucaultianas como inspiração analítica, considerou-se como condição de possibilidade a centralidade dos saberes tecnocientíficos e o advento das condições do capitalismo cognitivo, bem como a inserção da profissão docente no interior das tramas contemporâneas da bioeconomia. Examina-se, neste texto, uma das tecnologias de governo que conduzem a docência contemporânea nesta etapa da Educação Básica: a interatividade como modo de pensamento. A mobilização desta tecnologia sugere a constituição de docências interativas, efetivando-se a partir de uma ação pedagógica politicamente útil e economicamente produtiva. Nessa direção, o aprender em rede, o futuro como algo imediato e as profissionalidades interativas são algumas das estratégias mobilizadas no interior dessa tecnologia de governo. A consideração dos professores como um público, assim como a multiplicação dos sentidos ligados à sociedade de aprendizagem, conduz a produção de “pedagogias de conexão” que, nessa analítica, primam pela formação de docências com condições específicas de pensar, agir e comunicar-se. Enfim, defende-se, neste artigo, a perspectiva de que a interatividade opera como uma tecnologia de governo otimizadora da constituição contemporânea da docência no Ensino Médio no Brasil. Palavras-chave: Docência. Ensino médio. Interatividade. Michel Foucault. Link para o texto completo (PDF) http://www.fae.unicamp.br/revista/index.php/etd/article/view/2966/pdfDownloads
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Publicado
2014-03-29
Como Citar
Silva, R. R. D. da. (2014). A interatividade como tecnologia de Governo da docência no Ensino Médio. Pesquisa Brasileira Em Ciência Da Informação E Biblioteconomia, 8(2). Recuperado de https://pbcib.com/index.php/pbcib/article/view/18647
Edição
Seção
Resumos de artigos científicos