Comunicação científica no Brasil (1998-2012): indexação, crescimento, fluxo e dispersão
Resumo
A produção científica brasileira vem demonstrando ascensão no cenário mundial, o que pode decorrer da internacionalização da ciência nacional e/ou das revistas nacionais. Nesse contexto, este estudo reuniu a produção científica brasileira das bases Web of Science e Scientific Electronic Library Online entre 1998 e 2012, com o fim de analisar como a internacionalização tem influenciado a performance do país. Com base em Zonas de Bradford da produção das diversas áreas, buscou avaliar o aumento do número de revistas em cada uma das zonas, assim como a proporção de artigos publicados em revistas nacionais, ao longo de cinco triênios. Observou-se que o número de revistas indexadas exclusivamente na Scientific Electronic Library Online cresceu no período, com exceção do triênio 4, quando aproximadamente 60% da produção nacional foi publicada em revistas estrangeiras (Web of Science). Notou-se que o aumento mais generalizado do número de revistas das áreas deu-se primeiramente na zona 3 (triênio 2004-2006), depois na zona 2 (triênio 2007-2009) e finalmente na zona 1 (triênio 2010-2012). Já o percentual da produção em revistas nacionais diferenciou três grupos de áreas: ciências sociais e humanas, onde as zonas 1 e 2 são exclusivas de revistas nacionais, e a zona 3 vem dando lugar a publicações estrangeiras; Física, Ciência do Espaço e Imunologia, cuja produção é exclusivamente internacional; e as demais áreas, de ciências exatas e da terra, saúde e biológicas, que vêm aumentando o percentual nas zonas 1 e 2, permanecendo a zona 3 direcionada a publicações internacionais.
Palavras-chave: Avaliação de pesquisa. Brasil. Produção científica. Revistas científicas nacionais. Zonas de Bradford.
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http://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/transinfo/article/view/2629/1897