O senso comum de informação: questões oportunas

Autores

  • Marcos Gonzalez PPGCI/IBICT/UFRJ

Resumo

Problematizamos o conceito de informação, sob a perspectiva da Linguística Sociocognitiva, em especial da teoria da metáfora conceptual e da teoria dos frames semânticos, a fim de verificar se a terminologia predominante da Ciência da Informação (CI) é próxima do “senso comum”, como querem alguns autores da área. De fato, pudemos descrever o esquema cognitivo em que o conceito de informação é produtivo. Identificamos um componente da metáfora do canal, a metáfora INFORMAÇÃO É CONTEÚDO, capaz de confirmar a suspeita dos epistemólogos da CI e ir além: ela revela uma maneira mecânica de “falar sobre comunicação” que é de um “senso comum” desde há muitos séculos. Qual “senso comum”? Argumentando que a metáfora INFORMAÇÃO É CONTEÚDO faz mais sentido no contexto da comunicação escrita do que na falada, sugerimos uma revisão crítica dos efeitos que o letramento em massa aos seis anos poderia estar provocando na mentalidade ocidental: ao valorizar a escrita, tecnologia fundamental para a sustentabilidade das “sociedades da informação”, estaremos negligenciando a oralidade e, em consequência, negando nossa humanidade?

Palavras-chave: Conceito de informação. Linguística sociocognitiva. Metáfora docanal. Oralidade e letramento.

link: http://revista.ibict.br/fiinf/article/view/1487/1665

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Biografia do Autor

Marcos Gonzalez, PPGCI/IBICT/UFRJ

Doutor em Ciência da Informação (PPGCI IBICT/UFRJ); Tecnologista do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Publicado

2016-07-27

Edição

Seção

Resumos de artigos científicos