(In)formação e cultura nas escolas ocupadas do Rio de Janeiro
Resumo
O artigo descreve brevemente visitas a cinco escolas ocupadas e conversas com secundaristas ocupantes com o objetivo de apreender o tipo de escola desenvolvido pelos estudantes, especialmente no que diz respeito à informação e à cultura. O referencial teórico se constitui num levantamento de ideias bastante transversal. Da reprodução de Bourdieu e Passeron, passa-se para a pedagogia do oprimido de Paulo Freire, depois pela proposta de reforma do ensino de Edgar Morin, para finalmente tratar do conceito de competência crítica em informação. A metodologia inclui pesquisas bibliográficas, o método etnográfico de descrição e entrevistas semiestruturadas para coletar dados. Chegou-se à conclusão, ainda parcial, de que as ocupações, apesar da singularidade de cada uma, apontam, em comum, perspectivas frutíferas para as áreas da informação, da cultura e da educação.