Memoria tática: a política de acesso livre na construção da memória

Autores

  • Sandra Braman University of Wisconsin-Milwaukee

Resumo

Os engajados no movimento de acesso aberto acreditam que o acesso à informação é inerentemente democrático, e assumem que os efeitos da abertura serão todos bons partindo do ponto de vista deste movimento. Mas os meios não são fins, nada é inevitável e aquilo será feito com informações disponíveis em acesso aberto uma vez obtidas, raramente está especificado. Um objetivo implícito do movimento de acesso aberto é criar e sustentar a memória politicamente útil nas situações em que a memória oficial pode não ser suficiente, mas para conseguir isso o acesso aberto não é suficiente. Com a transição do panopticon para um ambiente panspectron, a produção de informações e seu acesso aberto não fornece suporte apenas para as comunidades, mas também contribui para a vigilância. A propriedade da informação está sendo desafiada, mas aí há uma erosão da propriedade no sentido de se estar confiante no que é conhecido. Algumas táticas atualmente em uso precisam ser reavaliadas para determinar seus efeitos reais nas circunstâncias atuais. A conquista da memória tática no século XXI também requer experimentação com novos tipos de táticas, incluindo as de discrição tecnológica e de escala como meio. No nível mais abstrato, a batalha política fundamental do século XXI pode não ser entre partidos ou ideologias particulares, mas sim a guerra entre matemática e criatividade narrativa.

Palavras-chave: Ambiente panspectron. Vigilância. Memória tática

Link: http://revista.ibict.br/fiinf/article/view/4006/3338 

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Biografia do Autor

Sandra Braman, University of Wisconsin-Milwaukee

Professora do Departamento de Comunicação da Universidade do Texas

 

Publicado

2018-06-28

Edição

Seção

Resumos de artigos científicos