Silêncios e formas da verdade: a historicidade das práticas arquivísticas e arquivos do regime militar

Autores

  • Aluf Alba Elias Universidade de Brasília – UnB
  • Georgete Medleg Rodrigues Faculdade de Ciência da Informação da Universidade de Brasília – UnB

Resumo

O arquivo é uma representação política daquilo que ficará, uma impressão das disputas vencidas ou de uma verdade que se deseja registar formalmente. Mas é, também, aquilo que nunca pôde ser dito, que esteve interditado e tomou fôlego público devido escolhas, demandas políticas, sociais, históricas, institucionais ou pessoais.  Para analisar este processo, como objetivo, traçamos uma ponte histórico-epistemológica entre o arquivo e sua relação com as formas da verdade, percorrendo a historicidade das práticas arquivísticas oferecendo maior liberdade para uma discussão sobre os arquivos do regime militar no Brasil. O recurso metodológico utilizado consistiu no levantamento e análise bibliográfica na composição do caminho argumentativo e na construção e delineamento do objeto. Concluímos que, o arquivo funciona como potência ao invés de um testemunho imperativo sobre a verdade ou a memória. Os silêncios ou ausências encontradas em seu manejo anunciam uma interrupção discursiva que deve ser explorada.

Palavras-chave: Arquivos, Arquivos do regime militar, Práticas arquivísticas, Formas de verdade, Silenciamentos.

Link: https://www.revistas.usp.br/incid/article/view/138169/153395

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Biografia do Autor

Aluf Alba Elias, Universidade de Brasília – UnB

Doutorado em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília – UnB

Georgete Medleg Rodrigues, Faculdade de Ciência da Informação da Universidade de Brasília – UnB

Doutorado em História pela Université de Paris (Paris IV – Sorbonne). Professora da Faculdade de Ciência da Informação da Universidade de Brasília – UnB.

Publicado

2020-03-27

Edição

Seção

Resumos de artigos científicos