Museus, ação e multidão: para além da “obra aberta”
Resumo
Estamos diante hoje de um novo paradigma produtivo, o cognitivo. Esta mudança faz emergir um conjunto de conceitos que problematizam o modo como analisamos o papel do museu na contemporaneidade. A hegemonia das dimensões imateriais do trabalho está no âmago dessa mudança paradigmática. Esta nova centralidade impõe desafios analíticos e metodológicos para a Ciência da Informação e para a Museologia. Diante disso, um novo modelo de museu se anuncia: não mais centrado em uma relação contratualista, mas atenta à produção do comum; não mais restrito ao edifício ou ao território, mas relacionado com uma rede de redes; não mais a serviço do desenvolvimento de um público ou população, mas uma ferramenta para a autonomia da multidão; não mais focado no objeto ou no patrimônio, como o conhecemos, mas nas dinâmicas comunicacionais. Um não-museu, um pós-museu para além do modelo da obra aberta. Um museu do acontecimental, do encontro entre praxis e poiesis.
Palavras-chave: Ciência da Informação. Museu. Capitalismo cognitivo. Multidão. Obra aberta.
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