Um corpo que fala: o protagonismo das Mulheres Negras na Capoeira Angola

Autores

  • Elisângela Gomes Universidade Federal de Goiás

Resumo

Com este trabalho tenho por intuito compreender a presença dos corpos negros e femininos nas rodas de capoeira angola e a possibilidade de atuarem como dispositivo comunicativo possibilitando a continuidade dos valores e da cultura africana. Nessa escrita apresento o corpo como um meio de comunicação que ao narrar histórias estabelece uma relação direta com valores africanos, ressignificando as identidades negras dilaceradas pelo racismo. A capoeira como prática africana, deve, portanto,ser vivenciada considerando o protagonismo epistemológico e corpóreo de negros e negras o que implica em rever determinadas ações e posicionamentos de cunho social, também presentes e adotados na prática da capoeira como: racismo, sexismo, LGBTfobia e Transfobia. Como procedimento metodológico proponho a abordagem qualitativa do tipo pesquisa participante, o público estudado será composto por Mulheres Negras autodeclaradas que estão inseridas em grupos ou coletivos de capoeira angola localizados nas cinco regiões do país: Norte, Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. A técnica de coleta será composta por entrevista associada à pesquisa participante. O corpustextual discute questões que perpassam as múltiplas vivências das Mulheres Negras: protagonismo negro feminino, valorescivilizatórios africanos, afroperspectiva na cultura e identidade africana e a Teoria do Corpomídia no contexto comunicacional.


Palavras-chave:Narrativas do corpo. Mulheres Negras na capoeira angola. Mídia e Cultura


Link: https://periodicos.ufca.edu.br/ojs/index.php/folhaderosto/article/view/395/403

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Publicado

2020-09-23

Edição

Seção

Resumos de artigos científicos