Ladislau Netto no Museu Nacional: entre memórias (1870-1894)
Resumo
Este artigo consiste em uma revisão de um projeto de pesquisa em andamento, por ocasião do Exame de Qualificação, prerrogativa do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal de Alagoas (PPGCI/UFAL), em agosto de 2020. O artigo traz um recorte do projeto apresentando a gestão do alagoano Ladislau Netto (1870-1894) no Museu Nacional. Assim, este estudo busca dialogar com a Ciência da Informação, com a História Cultural e com a Museologia, de modo a situar o botânico Ladislau Netto no centro de suas contribuições à organização institucional, consequência de reformas administrativas advindas dos regulamentos de 1876, de 1888 e de 1892. Tal fato culminou na criação da revista científica Arquivos, na implantação de concursos e de cursos públicos de ensino, no âmbito do Museu Nacional, bem como no patrocínio das expedições científicas no Brasil, com repercussão na Exposição Antropológica Brasileira de 1882 e na Exposição Universal e Internacional de Paris em 1889. Desse modo, esta pesquisa trata o Museu Nacional como uma instituição voltada para a produção de informação e de conhecimento, ao instaurar processos inovadores, durante o último quartel do II Império brasileiro, o que configurou subsídios ao desenvolvimento científico-tecnológico, político, social e cultural do país. Por fim, este artigo busca estabelecer uma conexão entre o Museu Nacional e o Estado de Alagoas, como lugar de origem de Ladislau Netto, ambos portadores de informação acerca dessa trajetória.
Palavras-chaves: Museu Nacional. Memória Institucional. Ladislau Netto. Mediação.