A relevância dos metadados: das infraestruturas à monitorização do Acesso Aberto

Autores

  • Ana Inácio Instituto Universitário de Lisboa
  • João Dias Universidade Católica Portuguesa
  • Maria João Amante Instituto Universitário de Lisboa

Resumo

O estudo testa as potencialidades oferecidas pelas plataformas de metadados abertos na monitorização do estado do Acesso Aberto (AA), caracterizando parte da produção científica do ISCTE-IUL, entre 2014 e 2018, no que se refere às dimensões selecionadas. Possibilita igualmente o levantamento das dificuldades e/ou limitações de interoperabilidade entre diferentes sistemas de informação científica. Utiliza-se como fonte de informação o sistema CRIS (Current Research Information System) Ciência-IUL, isolando o conjunto de artigos científicos produzidos no período referido (n=5991) e trabalhando as seguintes características: tipo de localização, tipo de licença associada, tipo de versão depositada e APC (Article Processing Charges) envolvidos.Recorre-se a duas plataformas: o agregador Unpaywall e o diretório DOAJ (Directory of Open Acess Journals). No primeiro, a ligação das bases faz-se através do DOI
(Digital Object Identifier), tendo sido recuperados 14,1% dos artigos científicos, aos quais se aplica tratamento estatístico descritivo. No caso do diretório DOAJ, considera-se o ISSN (International Standard Serial Number) e/ou e-ISSN para a verificação do tipo de licença e apuramento de valor de APC, correspondendo a informação a 10,2% do total.Os resultados do estudo reforçam a relevância das plataformas de metadados abertos, mas aconselham prudência no uso exclusivo delas para monitorizar o estado do AA. Apesar de permitirem a utilização de metadados a todos os que para elas contribuem, de serem desnecessários conhecimentos técnicos para a exportação de dados e poderem servir como pontos de partida para o desenvolvimento de novas metodologias de monitorização, a diferença de campos que apresentam dificulta a comparação e o seu cariz agregador faz depender a qualidade da informação da qualidade dos metadados das fontes (e.g. Unpaywall). Por outro lado, a informação de retorno é parcial, quer porque nem sempre existe no CRIS a informação que permite a ligação a essas bases de dados (e.g. DOI), quer porque também nessas plataformas não se encontra a totalidade dos registos pretendidos (e.g. DOAJ). A inexistência de outras ferramentas com metadados idênticos restringe a possibilidade de corroborar alguns dos resultados obtidos (e.g. APC).

 

Palavras-chave: Acesso Aberto. Interoperabilidade. CRIS. Plataformas de Metadados Abertos.

 

Link: http://revista.ibict.br/ciinf/issue/view/279

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Biografia do Autor

Ana Inácio, Instituto Universitário de Lisboa

Pós-Graduada em Ciências Documentais pela Universidade Autónoma de Lisboa (UAL) - Lisboa, Portugal.
Bibliotecária atuando nos Serviços de Informação e Documentação do Instituto Univesitário de Lisboa
(ISCTE) – Portugal.
https://ciencia.iscte-iul.pt/authors/author-public-page-1796/cv
http://orcid.org/0000-0002-6993-9089

João Dias, Universidade Católica Portuguesa

Licenciatura em Antropologia pela Universidade Nova de Lisboa (UNL) - Lisboa, Portugal
Gestor de Ciência na Universidade Católica Portuguesa - Biblioteca João Paulo II (UCP) - Universidade
Católica Portuguesa - Portugal
http://orcid.org/0000-0002-0751-873X

Maria João Amante, Instituto Universitário de Lisboa

Doutora em Documentação pela Universidade de Alcalá (UAH), Alcalá de Henares - Espanha
Diretora do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) – Portugal.
http://www.degois.pt/visualizador/curriculum.jsp?key=9072561651658632
http://orcid.org/0000-0001-8891-9094

Publicado

2020-12-21

Edição

Seção

Resumos de artigos científicos