O "maravilhoso número das imagens”
os primeiros “catálogos” de coleções de arte no renascimento
Resumo
Objetivo:Apresentar e discutir os escritos de Marcantonio Michiel, Anton Francesco Doni, Paolo Giovio e Frei Sabba de Castiglione como exemplos de configuração pioneira de catálogos de Arte. Método:Utiliza os métodos de pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa, analisando os textos a partir de um conjunto de premissas teóricas sobre o que são listas e catálogos(BALSAMO, 2017; ECO, 2009; OTLET, 1934;SERRAI, 2001).Na premissa discute-se como tais materiais devem ser considerados.Resultado:Observa-se que os autores selecionados produziram textos que funcionavam epistemologicamente, contribuindo para a formação do conhecimentoem um campo até então não definido, isso é, o campo da Arte, colocando informações em circulaçãoentre, principalmente, os colecionadores e os artistas, estabelecendo taxonomias e outros processos análogos, na medida em que o estudo desse tipo de genealogias ainda não é muito desenvolvido.Conclusões:Os textos apresentados nãose apresentam somente como listas, mas também como narrativas. Isso colocoua necessidade de observar o uso da linguagem em suas formulações retóricas. Observamos que os autores utilizam estilos bastante diferentes entre si e, com certeza distantes ainda das fórmulas contemporâneas doscatálogosde arte. Tais diferenças podem ser observadas quando, por exemplo descrevem uma mesma obra em situações e momentos diferente (como destacamos no caso da descrição de uma fonte presente no museu de Giovio).
Palavras-chave: Bibliografia; Catálogos de Arte; Renascimento; Colecionismo.
Link: https://periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/view/76257/44771