O valor da fotografia como documento materialidade e institucionalidade

Autores

  • Jacqueline Machado Silva UFES
  • Maira Cristina Grigoleto Universidade Federal do Espírito Santo/Ufes
  • Rosa da Penha Ferreira da Costa Universidade Federal do Espírito Santo/Ufes

Palavras-chave:

Documento, Fotografia, Fotografia institucional

Resumo

O artigo reflete sobre a configuração do documento a partir da sua materialidade e analisa a fotografia como documento, considerando sua materialidade e possibilidade de apresentar valor probatório e interesses institucionais para a representação da realidade levando em consideração, interesses institucionalizados. Tem como objetivo principal: compreender a fotografia pela sua materialidade, valorização e institucionalidade. Já os objetivos específicos: identificar, pela materialidade do registro fotográfico, características que possibilitem seu reconhecimento como documento. Investigar processos de valorização e institucionalização da fotografia como documento e abordar suas potencialidades de usos. A metodologia adotada será de cunho qualitativo, exploratório e adotará o procedimento de pesquisa bibliográfica para o levantamento dos dados, a partir de livros físicos, e-book’s e artigos científicos, pesquisados na base de dados em Ciência da Informação e Google Acadêmico compreendidos os anos de 2010 a 2020.  O resultado que se pretende alcançar é a evidência do objeto, que, a partir do conteúdo documental, ao atestar determinado fato e ser validado e institucionalizado como documento, essas fontes fotográficas adquirem valor documental. O estudo tem como contribuição a reflexão acerca do valor da fotografia como documento.

Palavras-chave: Documento. Fotografia.  Fotografia institucional.

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Biografia do Autor

Maira Cristina Grigoleto, Universidade Federal do Espírito Santo/Ufes

Professora Adjunta C no Departamento de Arquivologia e no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Doutora e Mestre em Ciência da Informação pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (UNESP/Campus de Marília); e Licenciada em História pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP). Atuou como pesquisadora no Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba (CODEPAC) e no Instituto de Pesquisas e Planejamento de Piracicaba (IPPLAP). Possui experiência na área de Ciência da Informação, Arquivologia e História, atuando com os seguintes temas: Documento, Informação e Patrimônio; Teoria e Epistemologia da Ciência da Informação; Organização e Representação do Conhecimento e da Informação; Políticas de Arquivos e de Informação; Mediação Cultural e da Informação.

Rosa da Penha Ferreira da Costa, Universidade Federal do Espírito Santo/Ufes

Doutora em Ciência da Informação (Dinter Unb/UFES - 2012-2016). Possui Mestrado em Artes pela Universidade Federal do Espírito Santo (2012), graduação em Biblioteconomia (1990), em Artes Plásticas (1995) e em Arquivologia (2006). Atualmente é professora adjunto 2 do Departamento de Arquivologia, da Universidade Federal do Espírito Santo. Tem experiência na área de Ciência da Informação, com ênfase em Arquivologia, atuando principalmente nos seguintes temas: fotografia, memória, cidade, preservação de documentos, arquivologia; arquivos universitários; arquivos municipais, política arquivística, classificação de documentos, arquivos de processo de criação, patrimônio histórico, artístico e cultural. Coordenadora do Mestrado em Ciência da Informação (PPGCI/UFES); Coordenadora do Programa de Extensão 'Arquivo Permanente: Em busca da Memória Institucional da UFES'; Coordenadora do Núcleo de Pesquisa 'Tabularium - Políticas de Arquivos: Observatório no Estado do Espírito Santo'; Coordenadora do Laboratório de Ensino 2, do Curso de Arquivologia. Membro da Comissão Central de Avaliação de Documentos (CCAD) da UFES; Membro do Núcleo Docente Estruturante (NDE); Membro da Comissão Permanente de Avaliação Docente (CPAD/CCJE).

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Publicado

2022-01-11

Edição

Seção

Pesquisas em andamento