Fontes orais e sua relevância documental para as narrativas de memória nas organizações
Palavras-chave:
Fontes orais, Memória, Gestão Documental, Gestão do ConhecimentoResumo
Dialogando com a evolução da Ciência da Informação (CI) e suas relações histórico-sociais entre Biblioteconomia e Documentação, que tem sido amplamente explorada sem delimitar fronteiras do saber e campo de atuação dos profissionais da área, este artigo envolve considerações que se entrelaçam entre as fontes orais e sua relevância documental para as narrativas de memória no âmbito das organizações. Através de uma pesquisa de revisão narrativa de literatura, teve por objetivo identificar como as fontes orais podem preencher as lacunas documentais no âmbito das organizações através das narrativas de memória. Compõe um cenário de discussões contemporâneas embasado por um referencial teórico que destaca a gestão documental e suas possibilidades de reconhecer as fontes orais como fonte documental de recuperação da informação. Aborda a relação do arquivo e da gestão documental expandindo as bases teóricas por diversos autores que permeiam pela interdisciplinaridade dos conceitos da memória, destacando autores clássicos como Jacques Le Gof (1990), Maurice Halbwachs (1990) e Pierre Nora (1993), aproximando-os aos diálogos contemporâneos que exploram as narrativas de memória como estratégia de comunicação e da memória institucional, a saber: Icleía Thiessen (2013), Karen Worcman (2004) e Rodrigo Cogo (2016) vinculando ainda a relação indissociável dos arquivos com a memória defendida por Almeida (2017), Barros e Amélia (2009). Destaca o poder da informação face as mudanças tecnológicas da sociedade do conhecimento que através dos documentos, monumentos e na oralidade supera a objetividade dos fatos e conclui que as fontes orais compõem parte essencial para preencher as lacunas documentais existentes, acrescentando que o resgate da memória institucional promove a compreensão do presente como elemento norteador para o futuro da organização, sendo importante destacar que a memória institucional é a amplitude de documentos, monumentos e oralidade.
Link: https://www.revistas.usp.br/incid/article/view/175161/167491
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Referências
InCID
v. 11, n. 2 - https://www.revistas.usp.br/incid/issue/view/11830