Mapeamento do sujeito cerebral na cultura contemporânea

Autores

  • Francisco Ortega
  • Fernando Vidal

Palavras-chave:

Cerebralidade, Sujeito cerebral, Biossociabilidade, Imagem Cerebral, Neurocultura

Resumo

A pesquisa a que se refere este artigo se propõe a mapear o “sujeito cerebral” na sociedade contemporânea. Chamamosde “sujeito cerebral” a figura antropológica que incorpora a crença de que os seres humanos são essencialmentereduzíveis aos seus cérebros. Nosso foco está nos discursos, nas imagens e nas práticas que podem ser globalmentedesignadas de “neurocultura”. Das políticas públicas às artes, das neurociências à teologia, os humanos são geralmentetratados como reduzíveis a seus cérebros. A nova disciplina da neuroética é eminentemente sintomática dessa situação;outros exemplos podem ser tirados da ficção científica escrita e em filmes; de práticas como a “neuróbica” oucriopreservação cerebral; da neurofilosofia e das neurociências; de debates a respeito da vida e da morte cerebral; depráticas de tratamento intensivo, transplante de órgãos, e aprimoramentos e próteses neurológicas; das áreas emergentesda neuroestética, neuroteologia, neuroeconomia, neuroeducação, neuropsicanálise e outras. Este artigo traçaa diversidade de neuroculturas e as coloca num contexto maior, caracterizado pela emergência de “bioidentidades”somáticas que substituem noções psicológicas e internalistas de identidade individual. Tal objetivo foi alcançado nãosomente através do exame de discursos e representações, mas também de práticas sociais concretas, como aquelasque se formam no movimento politicamente poderoso da “neurodiversidade”, ou em disciplinas “neuroascéticas” doself, vigorosamente comercializadas. Acesso ao texto completo (PDF)

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Publicado

2008-05-14

Edição

Seção

Resumos de artigos científicos