Navegar é preciso, viver não é preciso: ética intercultural da informação para transitar em tempos de cultura algorítmica
Palavras-chave:
extração massiva de dados, cultura algorítmica, ética intercultural da informaçãoResumo
Este artigo explora a necessidade de desenvolvimento de uma ética intercultural da informação no contexto da cultura algorítmica. À medida que a tecnologia continua a avançar e os algoritmos desempenham um papel cada vez mais significativo nas vidas humanas, é crucial considerar as implicações éticas desses sistemas a partir da pluralidade de perspectivas, culturas, realidades socioeconômicas e de gênero e raça. A partir do método indutivo-dedutivo, a abordagem metodológica é a revisão não sistemática da literatura. Ao examinar aspectos da cultura algorítmica para entender melhor os possíveis preconceitos e desafios da tomada de decisões por parte de sistemas algorítmicos resultantes da extração de dados em massa e do colonialismo de dados. Esta pesquisa visa contribuir para o desenvolvimento de uma abordagem mais inclusiva e equitativa à cultura algorítmica a partir da lente da ética intercultural da informação. Tal abordagem inclusiva e equitativa da cultura algorítmica pode ajudar a resolver os preconceitos culturais e evidenciar vieses nos processos de tomada de decisão automatizada. Ao considerar diferentes perspectivas, podemos esforçar-nos pela criação de algoritmos mais justos, promovendo a igualdade de oportunidades e resultados para indivíduos de diferentes origens. Esta pesquisa também pretende lançar luz sobre a necessidade de algoritmos culturalmente sensíveis que respeitem e protejam os direitos de privacidade e dados individuais em várias culturas. Tais reflexões críticas são feitas principalmente a partir dos problemas éticos provocados por algoritmos na cultura algorítmica.